quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Post que escrevi no blog do Euler.

Euler, parabéns pelo seu trabalho, tem sido revigorante ler seus comentários em meio a tantas mentiras do governo. Nós, aqui no interior do leste de Minas, continuamos firmes com a categoria contra esta corja de politiqueiros de todo país, não importa a que partido pertençam(greve, greve, greve). Quero deixar também a leitura que tive do dia de hoje, penso que foi mais um dia de tentativas frustadas do governo de enfraquecer o movimento, portanto considero que tivemos mais uma vitória nessa guerra psicológica. Nós, estamos firmes na verdade, eles se atropelam em meio à mentira e já demonstram fraqueza, já se desmentiram pelo memos três vezes:"já pagamos mais que o piso";"não negociamos com a categoria em greve"; "não apresentaremos propostas fora do subsídio". Devemos estar firmes em nosso alvo e pronto, a pressa é deles a nós só resta aguardar lutando e cada vez mais unidos, pois só juntos alcançaremos a vitória!!!

Entenda por que a greve foi mantida.

Vejam só que absurdo. O Governo de Minas, após 85 dias de greve dos educadores, propôs pagar R$ 712,20 para todos os professores, independentemente da formação escolar. A lei do piso manda pagar pelo menos R$ 1.187,00 para até 40 horas para o profissional com ensino médio.

O valor proporcional para a jornada de 24h daria R$ 712,20, mas somente para o professor com formação em ensino médio (PEB IA). Tal valor, se aplicado ao Plano de Carreira em vigência para todos os servidores do estado de Minas (e não apenas para os educadores), teria que considerar a aplicação de um percentual de 22% para cada mudança de nível. Assim, o piso deveria ser de R$ 868,88 para o professor com licenciatura curta (PEB IIA); R$ 1.060,00 para o professor com licenciatura plena (PEB IIIA); R$ 1.293,24 para o professor com especialização (PEB IVA); R$ 1.577,76 para o professor com mestrado (PEB VA); e R$ 1.924,86 para o professor com doutorado (PEB VIA). E sobre estes valores incidiriam as gratificações, como quinquênios e biênios.

Mas, o governo de Minas rasgou o Plano de Carreira dos educadores e apresentou essa proposta indecente de R$ 712,00 para todos os professores, tenham eles ensino médio ou mestrado. Uma agressão à lei e ao bom senso. Ah, e o detalhe é que este ridículo piso seria pago em janeiro de 2012, quando o salário mínimo no Brasil será de R$ 620,00.

Com isso o governo quer obrigar os educadores a voltarem para o subsídio, que representa um claro confisco salarial de mais de um bilhão no bolso dos educadores.

Foi por isso que os trabalhadores aprovaram em assembleia, por unanimidade, a continuação da greve. Em respeito à lei federal não cumprida; em respeito à carreira dos educadores e ao próprio ensino público, que, tratado com este descaso, logo deixará de existir e os verdadeiros prejudicados de hoje e de amanhã serão as gerações de crianças, jovens e adultos das famílias pobres de Minas Gerais.

Uma vergonha para Minas, um dos estados mais ricos do país, e que demonstra total insensibilidade para com os problemas sociais, especialmente com a Educação pública, tida como única porta de saída da exclusão social a que milhões de pessoas estão submetidas.

Talvez porque os governos, ao invés de investirem na formação humana, estejam mais interessados em construir cadeias, estádios de futebol e circo sem pão.

Cordialmente,

Euler Conrado - professor da rede pública de Minas Gerais."

Governo de Minas propõe piso proporcional de R$ 712 aos professores | Gerais: Estado de Minas

Governo de Minas propõe piso proporcional de R$ 712 aos professores | Gerais: Estado de Minas
Que absurdo esse governo, e também o jornal O Tempo que deixa de mencionar(vai saber porque) que esse valor é para todos os níveis de graduação. Como esse governo pode conceber pagar o mesmo para quem tem somente o segundo grau e quem tem doutorado, Isso é o cúmulo do absurdo. Táticas maldosas como essas é que dão ainda mais força ao nosso movimento. Quanto ao ministério público, ele é quem vai ter que responder ao CNJ, como tem sido conivente com esse déspota

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A perceverança é a chave do nosso sucesso!!!

Não devemos apenas ouvir o que esses famigerados do governo falam, mas devemos fazer uma leitura de seus atos. Dá pra perceber que eles querem entrar com aquela velha tática de negociação, "conzinhar o galo", se percebe que eles estão blefando como num jogo de cartas, na verdade eles não tem nenhum trunfo, mas querem que pensemos que tem, para que por meio de uma negociação furtem alguns de nossos direitos. Nossa estratégia tem que permanecer a mesma ficar focados no nosso alvo e consiguir novas adesões à greve. Lembrem-se a pressa é deles, todo o mal que eles poderiam fazer já fizeram, e quanto mais eles agem maliciosamente mais forte ficamos. Firmes até a vitória!!! 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Hora de estarmos firmes!!!

Hoje em mais uma reunião na E. E. Comendador N.N.Leal os professores decidiram continuar firmes até que a vitória se concretize. Um dos temas abordados na reunião foram as formas e estratégias utilizadas pela categoria para pressionar o estado, e gostaríamos aqui de parabenizar toda direção do sindute e também ao Euler, "O GRANDE". Um dos temas que vale ser discutido aqui foi a proposta de se protestar nas grandes empresas que financiam as campanhas desses "políticos", pensem bem quem investe dinheiro nesses politiqueros devem sofrer invasões em suas empresas, boicote de seus produtos, embargo de sua logística(VALE), ETC. Nós temos que agir em nossa sociedade cobrando também o papel social das empresas que  lucram conosco, mas não importam conosco. Nós devemos tocar no coração deles, que é lógico, fica no bolso, num meio como o deles quem paga manda. Imaginem um grande empresário que investiu nas campanhas desses urubus ligando e reclamando: Sr Anastzinha os professores estão me atrapalhando, estão me impedindo de ganhar dinheiro. Bem, fica a sugestão para ser discutida e refletida e a força do interior do leste de Minas. Firmes até a vitória!!! 

Esse texto esclarece como o estado enganou alguns professores.

Luiz Roberto
BH
A entrevista da Secretária é uma declaração de intenções primorosa! Ela desnuda o que o Governo do Estado realmente quer, quando criou o sistema do subsídio: - Escapar do enquadramento legal da lei do piso salarial para os professores. Tudo o que o Governo do Estado fez até agora com relação ao tema tem como fundamento fugir da obrigação de pagar o piso salarial, a qualquer custo. A Secretária disse, claramente, que o Estado só pagará o piso para os professores que não optaram pelo subsídio. Por que ela disse isso? - Porque subsídio não é, nem nunca será salário. São figuras jurídicas de natureza diferente, que não se comunicam, não transferem direitos entre si. O Governo do Estado, ao criar o tal "subsídio" para pagar os professores, criou dois ambientes que são legalmente estanques, incomunicáveis. Assim, quem optou pelo subsídio verá agora, com muita clareza, que deu um tiro no próprio pé, pois não estará abrigado pela lei federal que criou o piso nacional para os professores. E não poderá reclamar na Justiça do Trabalho, porque não recebe salário, sequer poderá ser chamado de empregado, pois agora é um "subsidiado" pelo Estado. É impressionante como a assimetria de informação levou as pessoas a optarem por algo que lhes é terrivelmente prejudicial. Essa é a real situação de quem optou pelo subsídio. Não terá cobertura legal para suas futuras reclamações. Como "subsidiado" pelo Estado, terá que aceitar os valores que lhe forem arbitrados pelo "subsidiador". O Estado, por sua vez, abandona o papel de empregador, tornando-se "subsidiador" das atividades educacionais de seus "subsdiados", outrora empregados... Pobres coitados desses, iludidos pela retórica do Governo e pela visão imediatista e falsa de "ganhos" que o tal subsídio parecia lhes dar.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A IMPRENSA JÁ CONFIRMA NOSSA VITÓRIA


Foi publicado no Diário da Justiça nesta quarta-feira (24) a resolução do cumprimento da Lei 11738 de 2008, que julga improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade  impetrada por governos estaduais contra a obrigatoriedade do pagamento do piso aos professores. A decisão é do Supremo Tribunal Federal (STF) e pode mudar os rumos das negociações entre os professores estaduais e o Governo de Minas Gerais.
De acordo com o STF, a decisão nega o subsídio, que engloba gratificações e benefícios na remuneração do servidor. Além disso, a determinação publicada obriga os governos estaduais a pagarem o piso aos trabalhadores. Vale lembrar que cabe recurso à decisão do órgão.
Em greve há mais de 70 dias, os professores estaduais de Minas irão realizar uma nova assembleia às 14h desta quarta-feira (24). Durante esse reunião, a categoria pretende decidir os rumos da paralisação.
Os motoristas que tiverem que passar pela região Centro-Sul de Belo Horizonte durante a tarde desta quarta devem ficar atentos. A reunião dos professores irá acorrer no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, e é previsto que os grevistas saem em passeata pelas ruas da capital mineira. Após as últimas assembleias, os manifestantes causaram grandes transtornos no trânsito da região Centro-Sul e Central.


Reportagem jornal O Tempo

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Saiu o acordão

Acompanhe : https://www.stf.jus.br/arquivo/djEletronico/DJE_20110823_162.pdf

está na pagina 27 e 28

Acabou a festa Anástasia, a casa caiu malandro, como diria seus chegados, perdeu, perdeu,...

sábado, 20 de agosto de 2011

FALA LULA:

“Eu estou sabendo que os professores estão em greve em Minas Gerais. O mais grave é que nós aprovamos uma Lei criando o piso salarial dos professores, essa Lei foi sancionada, quando eu estava na Presidência alguns governadores entraram na justiça para não pagar o piso e a justiça sentenciou que o piso é constitucional. É uma vergonha alguém dizer que não pode pagar o piso de R$ 1.100,00 para um professor”, protestou Lula.

Brasil precisa cobrar e recompensar professor, diz economista israelense

O israelense Victor Lavy deu palestra no Ibmec, no Rio
O sistema de educação do Brasil precisa melhorar muito para que o país possa ser considerado como exemplo de um ensino de qualidade. Esta é a avaliação do economista israelense Victor Lavy, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Estudioso dos mais variados métodos de ensino pelo mundo, Lavy considera que mais do que equipar as salas de aula com computadores e tablets, é preciso aprimorar o velho método de ensino do professor com os alunos.
Lavy veio ao Brasil participar de um seminário no Ibmec, no Rio, para falar sobre a economia da educação e suas implicações para as políticas educacionais. Ele já havia visitado o país em 2009, e viu poucas mudanças significativas nestes dois anos. “O Brasil ainda tem muito o que melhorar”, afirma Lavy. Em entrevista ao G1, por telefone, Lavy estabeleceu algumas medidas que o país deve buscar para ter um ensino de melhor qualidade. Confira:
G1 - O Brasil cresceu economicamente nos últimos anos, mas a qualidade do ensino não tem acompanhado este crescimento. O que é preciso mudar isso?
Lavy – 
Algumas medidas devem ser buscadas. Uma delas é valorizar o trabalho do professor, estabelecendo metas a serem alcançadas e as recompensando com premiação por bom desempenho. Pagar bons salários. Exigir que o currículo escolar seja cumprido à risca, com métodos que permita aferir se os estudantes estão realmente aprendendo o que lhe é ensinado. É importante também mostrar aos pais o valor da boa educação para os seus filhos, para assim insistir que eles continuem na escola.
O que o senhor acha do uso de computadores, tablets e outras tecnologias em sala de aula?
De que maneira se deve avaliar que o estudante está aprendendo o que lhe é ensinado?
Uma possibilidade é fazer testes baseados no currículo da semana. Costuma funcionar muito bem em outros países, e é um caminho que pode dar certo no Brasil. É importante ter certeza de que o estudante está compreendo o que está sendo ensinado. Na minha opinião o velho estilo de dar aulas é efetivo. Repetir exercícios e buscar a memorização são práticas muito úteis.
Não dá para esperar que o computador vá resolver o problema da educação. Eles são caros, precisam ser trocados a cada dois anos, podem ser roubados das escolas. Enfim, é um investimento importante, pode ser usado para pesquisas na internet, mas não é o que vai melhorar o aprendizado.
Muitas escolas de ensino médio centralizam suas ações no preparo dos alunos para exames de admissão nas universidades, os vestibulares. O que o senhor pensa disso?
É natural para o estudante se focar nestes exames. Se ele está aprendendo alguma coisa do currículo durante o ensino médio, vai ter uma educação boa. Mas não se pode só pensar no vestibular. É preciso expandir os horizontes do aluno. É preciso pensar no respeito às leis e na democracia.
Quais países podem servir de modelo de sistema de educação?
A Finlândia é um belo exemplo. O professor é muito bem remunerado por lá. Na Escandinávia, de forma geral, ser professor é um trabalho de honra, as pessoas se inspiram nos seus professores. Coreia do Sul, Hong Kong e Taiwan também apresentam bons resultados. Os estudantes passam muitas horas nas escolas nestes países porque há muita pressão para elas terem sucesso. E há disciplina. Eles entendem a importância de se ter esta educação. Minha filha foi fazer intercâmbio na Coreia do Sul. Lá os alunos ficam das 8h30 às 23h na escola. Vão para casa só para dormir. São casos de sucesso que nem sempre funcionam em outros países, mas podem servir de motivação para se pensar o que se pode fazer para melhorar.
O senhor costuma dizer que no Brasil a hora-aula não tem o mesmo aproveitamento que em outros países. O que acontece?
Quando se analisa o ensino em aulas adicionais de matemática e ciências, por exemplo, não se vê uma melhora no rendimento dos estudantes. No Brasil o professor não cumpre o currículo que lhe é proposto. Muitos faltam ao trabalho, outros conseguem cumprir 50%, no máximo 60% do cronograma. É preciso cobrar os professores e recompensá-lo pelas metas alcançadas.


Fonte: g1






Comentário do Blog:


PS. Pelo amor de Deus! Eles trazem o cara lá da "Conchixina"(gastando o nosso piso), para falar o que os professores do Brasil estão (como no meu caso) ficando careca de  falar (prova disso:"Amanda Gurgel, Euler conrado,...) de graça a muito tempo.


PS2. Com relação à última pregunta ele não falou o porquê da aula não render como deveria no Brasil, eu respondo de graça: Salas super lotadas, corte das aulas com falta de pessoal, "castração" dos professores, quanto aos artifícios que utilizamos para manter a ordem na sala de aula e por ai vai...
                                                                                        Diego Velasco de Paula

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Matéria publicada no jornal hoje em dia

O sistema público de ensino em Belo Horizonte pode entrar em colapso. Depois da paralisação dos professores da rede estadual, problema que foi parcialmente solucionado com a contratação de professores temporários, educadores que lecionam em escolas municipais também ameaçam cruzar os braços. Na quinta-feira (18), durante uma manifestação em frente à Prefeitura, a categoria aprovou um indicativo de greve marcado para o início de setembro.

Já na rede estadual de ensino a contratação de novos professores parece não ter solucionado o problema da paralisação. Na manhã de quinta-feira, na Escola Estadual Governador Milton Campos (Estadual Central), no Bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul, houve tumulto entre educadores efetivos que não aderiram à greve e os substitutos. Os portões da instituição de ensino foram trancados e as aulas foram imediatamente interrompidas. Muitos alunos que permaneceram no pátio da escola, em sinal de protesto, arremessavam os materiais escolares no chão.

A professora de português Roméia Rick, de 56 anos, resolveu aderir ao movimento grevista por considerar descaso e desrespeitosa a atitude do governo, que convocou 3 mil substitutos para possibilitar a volta às aulas de alunos do 3º ano do Ensino Médio. "A partir do momento que são contratadas pessoas que consideram a substituição um bico, tomando o espaço de colegas que estão lutando pelos direitos, e vale ressaltar que a greve é um direito constitucional, resolvemos suspender as aulas por período indeterminado", alegou a educadora, que é efetiva.

Um dos professores substitutos, que se identificou apenas como Eduardo, manifestou sua indignação diante do caos instalado na escola. Revelou que pediria desligamento imediato. "Fica difícil trabalhar em um espaço em que você sente que não é aceito, por isso, pretendo pedir demissão", desabafou, assustado, o professor recém-contratado. Parte dos alunos se recusou a assistir aulas ministradas pelos professores temporários.

A presidente do Grêmio Estudantil, a aluna Júlia Raffo, afirmou que a maioria dos alunos é contrária a contratação de professores substitutos. "Nossa opinião é de que a contratação não resolve de maneira definitiva o problema. Estão protelando uma situação que vai novamente estourar num futuro próximo. O correto seria conceder o reajuste salarial à categoria", destacou a aluna, acrescentando que, no próximo dia 24, os estudantes vão participar de uma passeata em apoio aos professores.

Na rede municipal, o argumento para o indicativo de greve é de que a primeira parcela do aumento prometido pelo prefeito Marcio Lacerda, de 3%, não foi concedido.

Além disso, completa a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH), Vanessa Portugal, há outras reclamações. "Estamos reivindicando a unificação de carreira dos professores da educação infantil e o cumprimento de uma Lei Federal que determina que um terço da jornada deve ser reservado para o planejamento das atividades letivas", afirma a sindicalista, que revelou que a manifestação era também um ato de solidariedade aos professores da rede estadual.

O protesto gerou reflexos no trânsito da região central da cidade. Uma das pistas da Avenida Afonso Pena, no sentido centro-bairro, foi interditada.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Perto está o nosso sonho

Colegas  permaneçam firmes, conseguimos uma grande adesão à greve no interior do leste de minas e não podemos vacilar nesse momento em que estamos tão perto da vitória, lembre-se nós de Resplendor, Aimorés, Ituêta e tantos outros estamos firmes e contamos com vocês. Vou contar uma fábula que sempre conto aos meus alunos do 3* ano:
"Um homem resolveu atravessar um rio muito extenso e caudaloso, porém sabia que do outro lado estava sua liberdade então não deu atenção às dificuldades manteve-se firme em seu desejo de atravessar o rio. Depois de ter nadado vários minutos, lavantou a cabeça e percebeu que já havia nadado 1/4 do rio, já estava cansado mas tomou fôlego e continuou. Num segundo momento, em que sua força já fraquejava, levantou a cabeça e percebeu que estava na metade de realizar seu sonho, então encontrou forças e continuou ainda com mais garra, e decidiu só parar se chegasse ou se não conseguisse mais, e quando não conseguiu mais parou e estava a dez metros da margem, mas como não aguentava mais, virou as costas ao seu sonho e retornou". Eu sei que o momento é de limite, mas dar as costas a esse sonho é suicídio, como um professor pode continuar nadando depois de ter tão perto seu sonho, tire forças de onde for mas vença esses dez metros de limite. Cordialmente, Diego Velasco de Paula.

A greve continua forte

Acabei de ler a primeira notícia que consegui achar sobre o final da reunião entre o sindute e o governo, mais uma vez não houve acordo entre as partes. Uma nova reunião foi marcada para o dia 24 de agosto, novamente intermediada pelo MPE. Nesta reunião mais uma boa notícia para os professores veio a tona - mais de 153 mil professores optaram pela carreira antiga- isso demonstra com clareza que nós rejeitamos o subsídio e tudo que ele representa(confisco de nossos direitos). Resumindo, o governo vai ter que se dobrar no próximo dia 24 e fazer uma proposta coerente, de acordo com a lei, se quiser que essa greve acabe.  Firmes até a vitória.
                                                                                                     Diego Velasco de Paula



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Novidades

Hoje às 18 horas houve uma reunião na minha escola para tratar os rumos da greve, decidimos continuar na luta com mais 80% dos professores presentes votando  a favor da continuidade da greve, além dessa boa notícia, também nos foi informado que nossa saudosa e aguerrida cidade vizinha, Conselheiro Pena aderiu ao movimento, assim engrossamos mais ainda nossas fileiras aqui no leste de Minas, que começou de forma tímida e pioneira pelo guerreiros de Aimorés e logo seguida por nós. Esperamos que brevemente Itueta se una ao movimento, demonstrando que aqui no leste de Minas há também o caráter valente de nossos antepassados, como os inconfidentes, para lutarmos contra as injustiças.
                                                                                                Diego Velasco de Paula

Vejam a melhor matéria televisiva da greve 2011

http://www.youtube.com/watch?v=5FTrg5eGBJM&NR=1

Vale a pena, simplesmente acabou com "Aestenastazinho".

Associação de pais de alunos aciona Justiça para adiar as provas do Enem | Educação: Estado de Minas

Associação de pais de alunos aciona Justiça para adiar as provas do Enem | Educação: Estado de Minas

A greve segue forte

Ontem a assembleia geral, com mais de 7000 professores em Belo Horizonte, deliberou pela continuidade da greve, que segue cada vez mais forte e crescente em todo estadado. Mesmo com a forte pressão criminosa exercida pelo governador e seus comparsas, o movimento segue a caminho da vitória, pois buscamos a justiça e estamos lutando para que se cumpra a lei. Uma coisa que escuto desde pequeno do meu pai é: "se estiver errado meu filho escute calado e conserte, mas se estiver dentro do seu direito grite, brigue e lute se preciso for", e estamos lutando fundamentados na lei, ainda que o governo tente implantar uma mentira, a verdade virá a tona e se preciso for, seremos nós (professores) as boias que manterão essa verdade na superfície desse mar de mentiras que está se transformando o governo de Minas. Peço o apoio de toda comunidade brasileira que nos ajude e aprendam conosco o que é uma democracia de fato.

Em tempo, hoje acontecerá uma reunião entre o Ministério Público, o governo e sindicato, clamemos a Deus para que a justiça prevaleça. Firmes até a vitória!!!!
                                                                   Diego Velasco de Paula (diegovelascodepaula.blogspot.com)
                                             
Este vídeo mostra a vesdade sobre o piso:

http://www.youtube.com/watch?v=x4irp3l7jxg

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Rogerio Correia: Entre o contracheque e o “choque de gestão


por Rogerio Correia

O governo tucano em Minas Gerais vem divulgando na mídia comercial um comunicado enganador: que em Minas é pago o piso salarial nacional da educação. Seu objetivo foi tentar jogar a população contra a justa greve de professores e professoras que se amplia e chega a dois meses.
A peça é mentirosa.
Por isso o Sindicato fez um cartaz de um contracheque real e o expusemos na tribuna do plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Não há como enganar todos o tempo todo: R$ 369,00 é vencimento básico. Quando o STF diz outra coisa!
Sofremos críticas dos deputados tucanos e afins pelo gesto que, segundo eles, contribuiria para desgastar o parlamento. Ora, temos uma categoria de educadores em greve, que tiveram seu salário cortado (logo, estão desobrigados a repor os dias parados) e centenas de milhares de estudantes que já estão prejudicados pela intransigência do governo. E que podem inclusive perder o ano letivo, não fazer o ENEM etc. A imagem do parlamento se arranha quando se impermeabiliza.
Como era de se esperar a mídia comercial relatou o fato, mas não registrou a foto. Não a deste deputado, mas da cena inusitada de se ter um cartaz de um holerite afixado na própria tribuna do plenário.

O fato concreto é esse: Minas Gerais inova em termos de política remuneratória. Há um tipo de professor que mantem ”vantagens” (quinquênios etc). Há um segundo tipo que teve tais vantagens suprimidas em 2005. Há os não “optantes”. E há os que optaram pelo “subsído”, que é o drible do piso nacional de salário. Essa barafunda é a verdade do choque de gestão tucano: quatro referências remuneratórias para uma mesma atividade.
Basta imaginar o que isso significa para 200 mil trabalhadores em educação, divididos em “modelos” remuneratórios concorrentes.
A alegação do governo Anastasia (PSDB) para não aplicar o piso salarial é que não teria sido publicado o acórdão pela Justiça. Pura embromação.
A verdade é outra. Sabendo que seria reconhecido como constitucional, no Supremo Tribunal Federal, o governo tucano preparou a burla com mais de seis meses de antecedência, criando a “política de subsídios” e estimulando à adesão dos servidores a tal política. Nessa política se tem um salário base miserável, ao qual é somado um monte de penduricalhos para se atingir “nominalmente” o que eles chamam de piso. Só que isso incide negativamente na carreira dos servidores e, consequentemente, na aposentadoria.
Implementar o Piso Nacional é uma decisão política. Corte-se gastos com publicidade, evite-se o pagamento das obras superfaturadas como as do estádio Mineirão, do Centro Administrativo, o inchaço fisiológico e eleitoreiro da máquina governamental, desmonte-se o governo paralelo (chamado Escritório de Prioridades Estratégicas), dentre tantas as medidas, para que sobrem recursos que remunerem os servidores.
Fonte:

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A verdade sobre o piso

Hoje à tarde acontece mais uma assembléia geral dos educadores de minas para decidir o futuro da greve, infelizmente por causa da distância não poderei estar lá, contudo minha atenção e pensamento lá estarão, e aqui suplicando a Deus para que o melhor seja decidido. O governo ontem fez uma reunião com os diretores das escolas da capital oferecendo um mundo de mentiras aos mesmos para nos trair, mas, graças a Deus, acredito que isso foi mais uma estratégia falida do governo para não pagar o piso, aproveito para postar o contracheque de um colega provando que o gorverno não paga o piso do MEC. Peço a todos que me ajudem a difundir a verdade sobre a greve: queremos o piso, que é lei, e o governo não cumpre, quanto mais pessoas souberem da verdade mais rápido voltaremos ao trabalho ainda mais confiantes para cumprir nossa função. Lembrem-se:"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."João 8-32




contrachequeGleiferson3.jpg (583×607)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mensagem de um professor de Estado


Meu nome é Carlos Henrique e sou professor estadual e ainda contratado. Estou indignado com a imprensa em Minas Gerais e a nossa sociedade em geral que está calada.
Os professores em greve desde o dia 08 de junho continuam a ser massacrados como responsáveis pelos filhos não irem à escola. Há alguns dias foi de repercussão nacional o apelo ou desabafo de uma professora no nordeste, mas que continuou apenas num desabafo, nada de concreto vemos por parte de qualquer governo ou da sociedade para mudar isso.
Por que nossa imprensa não pressiona o governo por respostas?
Vejamos como o Governo Anastasia respondeu à polícia militar que buscava aumento salarial:
06/06/2011 20h34 - Atualizado em 06/06/2011 20h34
Governo faz proposta de aumento salarial a policiais e bombeiros
Oferta foi feita nesta segunda-feira (6), mas categoria não gostou.Na quarta-feira (8) haverá uma assembléia para discutir o problema.
Do G1 MG

A secretária de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Renata Vilhena, disse, nesta segunda-feira (6), que o governo do estado dará aumento salarial para as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e agentes penitenciários. Até 2015, de acordo com o governo do estado, o piso salarial chegará a R$ 4 mil.
De acordo com a assessoria de imprensa, 7% de aumento será dado em dezembro, incluindo o pagamento do décimo terceiro salário; 10% a partir de outubro de 2012; 13% em agosto de 2013; 15% em junho de 2014; 12% em dezembro de 2014 e mais 15% em abril de 2015.
A proposta, segundo o governo, foi apresentada aos comandos das corporações, mas os representantes dos policiais disseram que a forma do reajuste não atende às reivindicações da categoria.


Agora vejamos como o mesmo Governo Anastasia apresenta proposta aos professores:
Professores fora do reajuste de 10%
Categoria em greve há quase 40 dias não será contemplada com o aumento anunciado pelo estado na quinta-feira. Beneficiados, servidores da saúde decidem voltar ao trabalho.
De acordo com Renata Vilhena, as polícias Militar e Civil não entram na proposta por ter sido definida anteriormente uma política remuneratória própria. Aprovado em segundo turno pela Assembléia, o Projeto de Lei 2.109/2011 concede reajuste escalonado aos policiais: 10% em outubro de 2011; 12%, em outubro de 2012; 10%, em outubro de 2013; 15%, em junho de 2014; 12%, em dezembro de 2014; e 15%, em abril de 2015.
Segundo Renata Vilhena, desde a folha de fevereiro, a carreira dos servidores da educação foi revista. “O aumento da educação foi individualizado. Cada servidor tem uma situação. O que posso garantir é que nenhum servidor teve aumento de menos de 5% e mais de 50% tiveram mais de 15% de aumento”, explica a secretária.

O Executivo não tem proposta de reajuste no piso salarial dos professores. Segundo Renata Vilhena, o governo de Minas considera que paga mais do que o piso salarial previsto por lei federal. De acordo com ela, o piso para professor com licenciatura plena é de R$ 1.187 para 40 horas por semana, correspondendo R$ 712 para a jornada do estado, que é de 24 horas semanais. “O estado paga R$ 1.320 para professores com licenciatura plena e R$ 1.122 para os que não têm, sendo 55% a mais do que o previsto.”
Amanda Almeida
Leonardo Augusto -
Publicação: 16/07/2011 06:00 Atualização: 16/07/2011 09:30

Durante a transmissão pela manhã na data de 01/08 da Rádio Itatiaia eu pude escutar por no mínimo três ou quatro vezes o comunicado do governo mineiro isentando-se de culpa e condenando os professores em matéria paga. O governador gasta horrores em comerciais e não tem condições de conceder aumento digno a saúde ou a educação.
 Vamos a uma conta básica, o salário mínimo em 2011 é de 545,00,  sendo que o salário mínimo projetado para 2012 é de R$588,94 e o de 2013 é de R$ 649,29, cálculos feitos pelo Ministério do Planejamento.
Um professor na melhor das hipóteses como diria o comunicado do governador recebe R$1122,00, isto quer dizer pouco mais de dois salários mínimos para uma jornada de 40 horas semanais.
Na Finlândia, líder no PISA e na educação mundial:
- R$ 4.074,65 por mês, para professores de classe 2 (Cidades médias e pequeno-médias), por uma carga horária que varia entre 17 e 23 aulas por semana. Um detalhe, se o professor pega mais do que 23 aulas, tem um acréscimo de 3% por cada hora aula a mais por semana.
- R$ 4.637,61 por mês, para professores de classe 1 (Grandes centros e cidades pequenas e periféricas), por uma carga igual a descrita acima.
No Chile:
- R$ 4.175,00 por mês por uma carga horária entre 20 e 24 horas por semana.
Na Argentina:
- R$ 1.987,00 por mês por cerca de 20 horas semanais.
Nos EUA:
- Em média, R$ 4.500,00 por mês por uma carga horária de 12 horas semanais (30 horas na escola). Nos Estados Unidos há uma tabela dizendo quanto o salário médio de um professor deve exceder o salário médio de outros profissionais com curso superior, tais como médicos, engenheiros, dentistas, advogados, etc., o que depende do estado. Por exemplo, o líder é o estado da Pensilvânia, que paga 65% a mais. E um dos últimos é Lousiana, 12,5% a mais.

No Japão:
- R$ 4.500 por mês por uma carga horária variável + o status social de sensei.
Todos esses salários são para o início da carreira, sem contar tempo de serviço e atualização profissional, ou ainda cursos como mestrado e doutorado. O acordo salarial base é em nível nacional e não por estado ou região.
Preciso dizer mais?!
Se a imprensa não se mobilizar por que recebe patrocínio do estado, ela deve se envergonhar e mais, se a sociedade não cobrar uma posição do governo não só em relação à educação, mas também a saúde, ao transporte e a segurança continuaremos vivendo o estado de insegurança geral...
Não adianta ficar mostrando ou noticiando sensacionalismo barato solicitando da polícia uma atuação mais dura e extensiva porque a raiz do problema está na educação, no trabalho, na saúde e por aí vai...
Enquanto a sociedade brasileira achar que professor é um "qualquer" e que"qualquer um"  pode dar aula, continuaremos sempre subdesenvolvidos e fadados ao colonialismo, seja ele de qual forma se apresentar...
Obrigado e espero sinceramente ouvir ou ler algo mais nos nossos meios de comunicação de Minas, não dando a versão de um lado e a versão do outro lado, mas colocando ambas em posição de confronto com a mediação da lei ou de seu representante. Assim saberemos o quanto imparcial nossos meios de comunicação trabalham em nosso estado.
fonte: Sindute

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cadê meu piso, governador?



O governo de Minas anunciou durante todo o final de semana que paga até mais que o piso salarial para os professores de Minas. Disse que o menor salário é de R$ 1.122,00 para oprofissional com ensino médio. Pois estou exibindo hoje o meu contracheque, referente ao mês dejulho de 2011, que prova que o governo mentiu para a população de Minas.

Como professor com ensino superior,PEB 3 B, pelo piso proporcional do MEC, que é aquele que o governo cita como referência, eu deveria receber, de salário inicial, R$ 1.091,84 + 20% de pó de giz + R$ 34,00 de auxílio transporte, totalizando R$ 1.344,20. E se aplicasse o terço de tempo extraclasse como manda a Lei Federal 11.738/2008, este valor subiria para R$ 1.512,23.

Mas, no lugar desses valores que sãoexigência constitucional, o governo de Minas me paga um piso de R$ 567,04 e com as gratificações citadas apresenta o total (sem o desconto de greve) de R$ 969,50. Com os descontos da greve, meu salário líquido será deR$ 477,17.

A mesma situação se verifica com mais de 85 mil educadores (por enquanto) que optaram pelo antigo sistema remuneratório, que o governo escondeu da população, para não ter que reconhecer que não paga o piso, ou melhor, que paga o pior vencimento básico do país: R$ 369,00 para o professor com ensino médio.

De uma só vez, o governo cometeu três ilegalidades: 1) reduziu o salário dos educadores para o salário de dezembro de 2010, após sete meses de vigência do novo salário com reajuste; b) não aplicou o piso salarial no vencimento básico no antigo sistema, o que representa um desrespeito grosseiro à Lei Federal, ainda mais considerando que o governo está fazendo propaganda afirmando para todos que já paga até mais do que o piso para todos os educadores; 3) cortou os dias de greve, quando a nossa greve é legal, é legítima e visa forçar o governo a cumprir a lei.

Com esses atos, fica claro para a população mineira e brasileira que estamos lidando com um governo sem compromisso com o social, com a democracia, com o respeito à liberdade de expressão - já que a nossa imprensa é quase toda comprada e não realiza um trabalho de jornalismo que mereça este nome. Além disso, o governo de Minas é o único responsável pela greve e pelos prejuízos que os alunos terão com a ausência das aulas. O ano letivo, obviamente está ameaçadopor conta do governo, que não cumpre a lei e não paga o piso dos educadores.

Num grosseiro desrespeito à lei do piso, que é conquista nacional dos educadores, o governo de Minas tentaforçar um outro sistema remuneratório, o subsídio, que destrói o nosso plano de carreira, é salário total, não tem vencimento básico, incorpora gratificações e com isso fica descolado da Lei do Piso.

Não sei se algum órgão de imprensa terá a coragem de divulgar que em Minas, professores com 5, 10 ou 15 anos de casa, com curso superior, recebem de piso salarial o equivalente a um salário mínimo, quando, pela lei federal, deveriam estar recebendo no mínimo o dobro ou o triplo.

É uma vergonha para Minas Geraisficar conhecida como o estado onde os educadores recebem o mais baixo piso salarial do país. Enquanto canta aos quatro ventos que bate recordes em arrecadação, a ponto de poder construir cidades administrativas, viadutos e estádios de futebol.

Até quando Minas e o Brasil aceitarão esta realidade de descaso para com os educadores e com a Educação pública? Justamente o ensino público, que pode proporcionar aos filhos dos trabalhadores de baixa renda uma formação crítica, que contrarie a cultura marcada pelo egoísmo, pela violência, e pela canalhice que os de cima oferecem como exemplo?

Em nome da nossa dignidade e dosnossos direitos constituídos em lei,continuaremos em greveAté a nossa vitória final!

Um forte abraço a todos e força na luta!
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Fonte: Blog do Euler