quarta-feira, 21 de setembro de 2011

E agora José...

Frei Gilvander Moreira, assessor da Comissão Pastoral da Terra diz, no artigo “Violência contra os educadores e contra a Educação em Minas”:

“A greve dos professores de Minas Gerais é justa e legítima. É hora de parar de olhar para o dedo e prestar atenção para onde a greve das/os professoras/res aponta. A greve dos professores da Rede Estadual de Minas Gerais, como uma ocupação de propriedade que não cumpre a função social, revelou uma grande ferida: um problema social que com certeza não existiria se o povo mineiro tivesse recebido, historicamente falando, uma educação pública de qualidade. Em 1987, o Salário Base (vencimento básico) de um/a professor/a da Rede Estadual de Educação de Minas correspondia a três salários mínimos (hoje, R$1.635,00) para quem lecionava de 5ª à 8ª série, e cinco salários mínimos (hoje, R$2.725,00) para quem lecionava para o Ensino Médio. Tinha perspectiva de carreira profissional. Com o tempo, a situação foi piorando ano a ano, suportável durante algum tempo, mas agora se tornou insuportável. Essa é a realidade da maioria esmagadora das/os professoras/res em Minas. É isso que sustenta a mais longa greve de Minas. Não é a direção do SINDUTE e alguns deputados, como alegam os que não ouvem os clamores ensurdecedores de milhares de professoras/res. Ao fazer greve, os professores não estão sendo violentos, mas estão lutando pela superação de uma violência que os atinge cotidianamente. Violentos estão sendo o governo, o poder judiciário e o capitalismo que impõem um peso tremendo nas costas das/os educadoras/res e não reconhece o imprescindível papel que elas/es cumprem neste país.”

Cf. o artigo de frei Gilvander Moreira, na íntegra, no link, abaixo:

http://www.brasildefato.com.br/content/viol%C3%AAncia-contra-educadores-e-contra-educa%C3%A7%C3%A3o-em-minas#.TnnKfbppPVw.facebook

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